A Caminho do Céu: o que achei de Move to Heaven da Netflix

A Caminho do Céu é um drama coreano cheio de emoções. Veja o que achamos dele e onde assistir.

a caminho do céu

No dia 14 de maio, a Netflix lançou mais uma produção coreana. Dessa vez com uma história cheia de emoções e representatividade. A Caminho do Céu ou Move to Heaven tem muitos pontos para ser destacado e muita coisa que amei ver em uma produção coreana.

A trama é tão perfeita que tenho medo de não cumprir com minhas próprias expectativas nesta resenha. 

Tenho tanto para contar, mas o medo de deixar algum spoiler é maior. Por isso, serei o mais sucinta e breve possível.

Sinopse

Geu Reu é um rapaz de 20 anos que tem síndrome de Asperger e mora com seu pai. Ele e seu pai tem uma empresa chamada Move to Heaven onde são auxiliar de traumas, ou seja, eles limpam casas de pessoas que morreram. Após o falecimento do seu pai, Geu Reu fica sob a tutela do seu tio Sang Gu qual nunca teve contato.

País: Coreia do Sul 

Classificação: 16 anos

Episódios: 10

Sobre o drama

Por ser um drama que cada episódio conta a história de um "cliente" diferente, ele não se torna parado ou chato em momento algum. Ele não gira em torno apenas da relação familiar de tio e sobrinho que os dois personagens principais tem, muito menos da síndrome de Asperger do Geu Reu.

O drama aborda diversos temas distintos em episódios diferentes. Cada um com uma hora ou menos pode te emocionar e até mesmo se familiarizar. 

move to heaven

Das formas que idosos são abandonados, descaso com estagiários, relacionamento abusivo, até um rapaz que tem medo de ser quem ele é por amar alguém do mesmo sexo.

Nesse drama é possível ver que os pertences de uma pessoa falecida, podem falar por elas de forma que nem imagina.

Personagens

Geu Reu

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Como já expliquei, o drama não gira em torno da condição de Geu Reu, ele vai muito além disso. É possível saber mais sobre ele no decorrer dos episódios e desde o início seus gostos são colocados em pauta e um deles é o fascínio que ele tem por animais marinhos. Nos primeiros minutos do primeiro episódio podemos notar que se ele pudesse ele passaria o dia inteiro no aquário que sua melhor amiga trabalha.

Geu Reu trabalha com seu pai como auxiliar de auxiliar de trauma, o trabalho deles é limpar e desinfetar casas onde pessoas faleceram. Depois da morte do seu pai qual não foi nada fácil para ele, Geu Reu continua a fazer o mesmo trabalho com o auxílio do seu tio e de sua melhor amiga.

Ele tem dificuldades de se adaptar a mudanças e seu tio além de não querer ter uma boa relação com ele, pretende rouba-lo.

Namu

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Geu Reu não é solitário, ele tem uma melhor amiga chamada Namu que é sua vizinha. Um diferencial da amizade dos dois é que além deles se completarem tanto em personalidade quanto no significado dos seus nomes, ela o enxerga além de sua condição.

Ela é a melhor amiga que qualquer um poderia ter e é aquela pessoa que faz sem esperar nada em troca.

A construção da amizade deles não é desenvolvida durante o drama, ela já é construída e é algo lindo de se ver.

Sang Gu 

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Sang Gu é irmão mais novo do pai de Geu Reu. Ele acabou de sair da penitenciária e é recebido pelo advogado do seu irmão que já havia falecido.

Ele recebe a notícia do falecimento do irmão e de que é a única opção para tutor para Geu Reu. De início, ele não parece se importar muito com isso e muito meno sequer tem vontade de cuidar de uma pessoa qual tinha problemas com o pai (seu irmão).

Sang Gu é um personagem bem complexo de entender, porém, assim como seu sobrinho, também é possível conhecer um pouco mais dele no decorrer dos episódios. A história dele é bem comovente tanto antes quanto depois do desentendimento com o seu irmão.

Temas Sensíveis 

Se você acompanha doramas (principalmente coreanos que já foram fechados para determinados assuntos) há um tempo, talvez tenha notado que muita coisa que não era abordada antes, está sendo abordada ou sendo um tema mencionado de forma mais aberta hoje em dia.

Pobreza, síndrome de Asperger, violência doméstica, abandono, relacionamento abusivo e outros são temas recorrentes no drama. Não que nenhum outro drama coreano não tenha abordado esses assuntos, mas ver tanta informação em uma produção só, é algo que precisa ser pautado. Esse drama mostra coisas quais muitos outros dramas coreanos não mostram. 

Em dois dos episódios fica muito claro que a pobreza é um problema recorrente na coreia do sul além abandono parental e de idosos e a solidão dessas pessoas. Esse foi um dos temas que mais me tocou.

Conclusão 

A Caminho do Céu é um drama incrível em todos os sentidos, desde os simbolismos mostrados no decorrer da trama até a empatia que é algo que podemos ver em todos os episódios. Empatia por quem já morreu, pelos sentimentos dos amigos, amores e familiares e por seus pertences mais preciosos.

A mensagem mais forte que ele nos passa é que a morte é natural, a única certeza das nossas vidas e que ela pode vir a chegar para nós mesmo que tenhamos planos para o futuro e que todo bem material que temos pode caber em uma caixa de centímetros e que a maioria deles irão para o lixo.

Seguir em frente e superar não é errado, viver o luto também não. Ter empatia pelos vivos e pelos mortos não é algo muito difícil. É algo que devemos trabalhar em nós mesmos.

As críticas sociais são tão reais e atuais que nos faz mergulhar de cabeça em histórias comoventes que podem acontecer ou estarem acontecendo em nosso cotidiano. Eu recomendo este drama, mas antes de ver pegue lenços de papel, pois tenho certeza de que ele pode tirar lágrimas dos seus olhos.

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